Piercing Oral e a Disfunção Temporomandibular

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Piercing Oral e a Disfunção Temporomandibular

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Os piercings são uma moda que, por serem de fácil realização, leva muitos jovens a tomar cuidados muito aquém do aceitável. A nível oral esses cuidados devem ser redobrados, com visitas regulares ao dentista. Porém existem problemas que podem surgir mesmo que se cumpram todos os cuidados de higiene e desinfeção.

 

Efeito dos piercings na saúde oral

Os piercings existentes na zona bocal podem estar inseridos na língua, nas gengivas ou nas bochechas e promovem um risco maior para a saúde que os piercings expostos nas orelhas ou outras partes exteriores do corpo. Sendo uma zona húmida, cheia de bactérias e mais difícil de cicatrizar, a inserção de piercings pode levar a infeções, sangramento prolongado, dores, inchaço, dentes danificados, retração gengival e endocardite (inflamação das válvulas cardíacas e tecidos, por passagem das bactérias para a corrente sanguínea, que neste caso seria através do corte do piercing). O mau hálito também é uma consequência subjacente à colocação do piercing, como resultado do desgaste e retração gengival ou de possíveis infeções.

 

Disfunção Temporomandibular – O que é?

A Disfunção Temporomandibular é definida como o conjunto de perturbações que envolvem os músculos mastigatórios, mais concretamente a articulação temporomandibular (ATM) que liga o maxilar ao crânio. Esta articulação é uma das mais complexas do corpo humano face aos movimentos que promove à mandíbula, podendo movê-la para a frente, para trás e para os lados.

Esta disfunção altera o modo funcional da mandíbula, podendo travar o seu movimento ao abrir e fechar e dando pequenos estalidos ao mastigar. Geralmente a disfunção temporomandibular dá ao individuo portador a sensação de desencaixe, como se a sua mandíbula estivesse a saltar fora. É casual também a existência de dores de cabeça, dores de ouvidos e dor e pressão sentidas atrás dos olhos.

 

De que modo pode o piercing oral provocar disfunção temporomandibular?

Estudos realizados em grupos de estudantes com o intuito de avaliar o impacto de hábitos parafuncionais orais, como roer as unhas e mascar pastilhas elásticas, revelaram que, para além destes, também o piercing oral pode estar por detrás destas disfunções temporomandibulares, como resultado de um aumento da atividade muscular oral e sobrecarga da mandíbula.

Dos grupos estudados, onde a esmagadora maioria dos jovens mascava pastilhas, uma percentagem destes possuía piercings orais. Foi possível determinar que o sexo feminino usa-os em maior percentagem, tendo apresentado como resultados, sintomas de disfunção temporomandibular mais severos, assim como uma maior utilização de analgésicos e visitas ao médico.

 

Recomendações:

Se optar por fazer um piercing oral ou se já tiver um, certifique-se de falar com o seu dentista para poder controlar as condições bacterianas em que este será implementado e permanecerá. É fundamental perceber qual o ponto de situação em ambas as fases, evitando ao máximo infeções.

Apesar de poder controlar e analisar estas infeções, no que toca à disfunção temporomandibular, apenas a inexistência do piercing pode assegurar que o problema não será uma causa adjacente

Não deixe de nos visitar se sentir qualquer tipo dos sintomas acima apresentados, dor ou algum outro problema a nível oral.